PGRSS e sua gestão no Brasil

A falta de gestão de resíduos de saúde no Brasil acarretam em vários problemas que afetam a saúde da população como a contaminação da água, do solo, da atmosfera e a proliferação de vetores ­ e a saúde dos trabalhadores. Sendo os problemas consequentemente agravados quando se constata o descaso com a gestão dos resíduos de saúde, que serão o alvo da discussão deste artigo.

Problemática dos resíduos de serviços de saúde

Por exemplo, estima-se que 1% do lixo produzido no Brasil corresponda aos resíduos de serviços de saúde, totalizando cerca de 2.300 toneladas diárias de acordo com dados da Pesquisa Nacional de Saneamento Básico, realizada pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Geralmente, esses resíduos são provenientes de hospitais, clínicas médicas. Sendo também produzidos por geradores bastante variados, incluindo farmácias, clínicas odontológicas e veterinárias, assistência domiciliar, necrotérios, entre outros.

Gestão de resíduos de serviços de saúde: composição, classificação e legislação

Os resíduos de saúde são de natureza heterogênea. Portanto, é necessária uma classificação para a segregação desses resíduos. Há o exemplo das classificações propostas pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), governos estaduais e municipais.

Além disso, três princípios devem orientar o gerenciamento dos resíduos: reduzir, segregar e reciclar.

A primeira providência para uma melhor gestão dos resíduos de serviços de saúde é a redução no momento da geração, pois economiza recursos não só em relação ao uso de materiais, mas também no tratamento diferenciado desses resíduos.

A segunda providência é o ponto fundamental de toda a discussão sobre a periculosidade ou não dos resíduos de serviços de saúde: a segregação. Apenas uma parcela é potencialmente infectante, contudo, se ele não for segregado, todos os resíduos que estiverem misturados também deverão ser tratados como potencialmente infectantes, exigindo procedimentos especiais para acondicionamento, coleta, transporte e disposição final, elevando assim os custos do tratamento desses resíduos.

Com a segregação adequada, os resíduos de cada categoria deverão ser acondicionados corretamente, identificados e encaminhados para coleta, transporte e destinação final específicos. Os resíduos com características especiais nunca devem ser misturados com os resíduos comuns.

Conclusão

Em suma, todos os profissionais da saúde têm uma obrigação ética com a promoção de saúde. Se um trabalhador que recolhe o lixo sofre um acidente com uma seringa colocada com os resíduos domiciliares por uma pessoa leiga, isso é um problema. Logo, é importante que o gerador de resíduos cumpra as normas, pois estará prevenindo acidentes, sendo este o seu papel que toda a sociedade espera.

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